Muitas foram as teorias elaboradas para explicar os movimentos dos pêndulos e das varetas radiestésicas. Acreditava-se, no passado que o fenômeno ocorria sob a ação de forças sobrenaturais.

Na França, na década de sessenta, o físico Yves Rocard descobriu que o corpo humano possui sensores magnéticos da ordem de 5 gamma, ou seja, 10.000 vezes menor que o campo magnético terrestre. Conforme Yves Rocard: “Existem radiações emitidas pelos corpos, e isso é questão pacífica e a física (atômica, molecular e nuclear), nos prova que de cada corpo emanam radiações, cujas ondas são tanto mais curtas quanto mais altas forem suas temperaturas”.

Foi penetrando no mundo atômico, que o homem descobriu uma variedade abundante de irradiação, pelo fato de os átomos se comporem de elétrons, prótons, nêutrons e outras partículas, que sofrem contínuos deslocamentos e combinações com elementos e partículas de outros átomos. Portanto, existe uma contínua intercombinação química.

Também hoje é do nosso conhecimento que toda atividade mental emite irradiação, ou seja, as mais variadas ondas que foram comprovadas amplamente através de eletroencefalogramas. As emanações energéticas da nossa mente provocam uma variada gama de fenomenologia psico energética, que a parapsicologia já comprovou.

Sem dúvida, sabemos que nosso sistema nervoso é estimulado continuadamente pelas mais diversas e variadas gamas de radiação que nos rodeiam e que, através do sistema nervoso, são levadas ao cérebro.

Para a maior parte das pessoas estas ondas passam desapercebidas, todavia, no momento em que a nossa mente se coloca em sintonia com elas, o nosso cérebro, através dos nervos eferentes, pode transferir essas captações ao pêndulo ou a varinha, imprimindo-lhes variados movimentos, que transistorizam as mensagens do inconsciente para o nível consciente.

 

Existem duas tendências na prática da radiestesia: a física e a mentalista:

  • A física tem por norte os conceitos formulados, sobretudo pelos abades franceses Bouly e Mermet. Esses conceitos são: raios, ondas e cores emitidos pelos objetos e seres e orientados em função dos pontos cardeais e do campo geomagnético.

 

  • Os radiestesistas da tendência mentalista criticam os da física, porque muitas vezes o comprimento de onda, a cor e o raio fundamental característico de um objeto diferem, segundo o operador. A tendência mentalista considera que a convenção mental que precede a pesquisa é o que atua no inconsciente do operador, causando as reações responsáveis pelo movimento do pêndulo ou da vareta. Os radiestesistas que praticam a chamada radiestesia de ondas de forma aliam as duas tendências, sendo chamados de fisicomentalistas.


A atitude mental, mesmo quando o operador trabalha com a radiestesia física, não se pode afastar da interação de sua mente e de suas interações com o processo radiestésico.

É importante, para o êxito de uma pesquisa, que o operador saiba se utilizar seu psiquismo, assumindo atitudes mentais adequadas.

Existe uma total e perfeita interação entre o radiestesista, seu pêndulo e o objeto da pesquisa. Para desenvolver um trabalho adequado, deve-se sempre partir de uma convenção mental clara e invariável. Logo o objetivo da pesquisa deve ser bem definido e o radiestesista deve concentrar toda a sua atenção e vontade na busca de um resultado eficaz.

Após a concentração, o radiestesista assume o estado de espera passiva, durante o qual a mente deve ficar absolutamente neutra.

O processo radiestésico é baseado, totalmente, em um sentido especial do operador. Todavia, o sentido radiestésico é inato no homem e o radiestesista apenas o tem mais desenvolvido, devido a um treinamento sistemático.

Segundo Malcolm Rae, radiestesista e radionicista inglês, o sentido radiestésico funciona no nível intuitivo e deve ser expurgado, o máximo possível, de intromissões do intelecto e da imaginação. As respostas obtidas podem provir do próprio operador (seja do subconsciente ou do inconsciente), do inconsciente coletivo, ou da chamada memória da natureza, ou ainda da Mente Divina.

Ao ver de muitos, o radiestesista é considerado como um sensibilíssimo ressonador-oscilador, capaz de funcionar em variadas faixas energéticas emanadas tanto do Macrocosmo quanto do Microcosmo.

Devido à sensibilidade desse maravilhoso biocomputador, diversas influências internas e externas podem afetar os resultados, de uma pesquisa radiestésica.

Destaque-se algumas delas:

  • Interferência mental consciente; · Fadiga mental ou física;
  • Estados emocionais; · Doenças;
  • Interferências advindas de emissões estranhas ao objetivo da pesquisa sejam de origem física, psíquica e ou espiritual.

É de bom tom trabalhar sozinho, ou seja, o operador não deve trabalhar na presença de pessoas suscetíveis, hostis, doentes, negativas ou emocionalmente desequilibradas, pois tais pessoas podem, mesmo sem querer, provocar, seja por telepatia ou vampirismo energético, a neutralização, mesmo que temporária, das faculdades radiestésicas do operador.

Sao condições para uma perfeita operação radiestésica:

  • Estados físicos tranqüilos, relaxados; · Ambiente calmo, não perturbador;
  • Correta postura física na manipulação dos instrumentos radiestésicos;
  • Perfeita convenção mental – esta convenção é aquela que o operador estabelece consigo mesmo sobre as indicações fornecidas pelos seus instrumentos radiestésicos, bem com a sua interpretação. Esta convenção não dispensa o uso do testemunho, que deve estar totalmente desprovido de qualquer caráter supersticioso.
  • Interrogações mentais, que é o complemento da expressão do desejo e, que por sua vez amplia o campo de pesquisas, permitindo, assim, maiores detalhes e grande precisão nas respostas obtidas.
  • O estado do operador, tanto passivo quanto de espera, é um estado em que o operador deve eliminar por completo a noção do mundo exterior, devendo persistir a idéia bem como a visão do objetivo de sua pesquisa. Este estado de neutralidade subjetiva é o que permite a sintonização bem como a captação das respostas procuradas. Dizem, alguns radiestesistas, que este estado é obtido facilmente com as práticas feitas através de meditação e relaxamento.

 

O processo de perguntas e respostas, como o método utilizado pelo médico e radiestesista inglês Aubrey Westlake, demonstrou a seguinte descoberta no processo radiestésico: forças etéricas formativas, sistema nervoso autônomo, músculos voluntários, movimento pendular, como seqüência. Através deste método, o operador usa o intelecto na formação das questões e na avaliação das respostas e usa a intuição, através da faculdade radiestésica, todavia é bom não esquecer que a radiestesia faz uso da faculdade supra-sensorial do tato.

Para obtenção de bons resultados é necessário observar alguns parâmetros:

  • Verificar a legitimidade da questão;
  • Usar um pensamento claro, sem ambigüidade na formulação e usar as palavras mais adequadas, logo expressando mais claramente o pensamento e,
  • Usar o intelecto para verificar o sentido das respostas.

 

Fonte: Usui Shiki Ryoho – Sistema Usui de Cura Natural – Swami Paatra Shankara